Bebida aromática originária da China, preparada através da infusão da caméllia sinensis em água fervente. A planta, cultivada por monges taoístas, era utilizada em suas cerimônias de meditação. No século VIII, escreveu-se o maior compêndio sobre o chá que se tem notícia: Ch’a Ching, pelo monge Lu Yu, onde foram relatadas as várias formas de se cultivar o chá e como melhor elaborar essa bebida. Um século mais tarde, a semente foi levada ao Japão, onde o hábito de tomar chá também virou uma tradição. O desembarque do chá na Europa se deu gradualmente, a princípio por intermédio da Ásia Central e da Rússia. Com as grandes navegações do século XV e a abertura de um caminho para trocas comerciais diretamente com a China, portugueses passariam a disseminar seu consumo no Ocidente, o chá teria preço de Especiaria. No entanto, no início do século XVII, a Companhia Holandesa das Índias Orientais acabaria com o monopólio português, trazendo para Europa carregamentos de chá vindos da ilha de Java. A bebida caiu no gosto europeu, em especial da Inglaterra. Apresentada à corte inglesa pelas mãos da princesa portuguesa Catarina de Bragança, casada com o rei britânico Carlos II, a bebida tornou-se popular no reino. No Brasil, o cultivo do chá foi introduzido a partir da chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro. As primeiras mudas de chá foram plantadas no Jardim Botânico e, em 1814, cerca de 300 imigrantes da região de Macau, na China, foram trazidos para trabalhar nas plantações de chá brasileira. No entanto, a variedade chinesa da planta não se adaptou ao clima e as plantações de chá foram substituídas pelo Café, muito mais rentável na época.