Pequena enseada localizada entre o Saco de São Diogo e a Gamboa, no centro da cidade do Rio de Janeiro. No século XVII, a região pertencia ao alferes Diogo de Pina, daí o nome atribuído à praia existente no local. A área rural, conhecida também como praia Formosa, era destinada, até a segunda metade do século XVIII, à plantação de canaviais, sendo em sua quase totalidade desabitada. A urbanização da região ocorreu em fins do século, com a construção do cais do Valongo e intensificada após a chegada de corte em 1808. A grande movimentação comercial no porto do Rio de Janeiro, provocou um redimensionamento do espaço portuário e na região do Saco do Alferes, assim como na Gamboa. Foram construídos armazéns e trapiches, levando à abertura de novas ruas com a instalação inclusive de um curtume no local, dotado de cais próprio (Cf. LAMARÃO, Sérgio Tadeu de Niemeyer. Dos trapiches ao porto. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal das Culturas, 2006). A região foi totalmente aterrada – incluindo a Ilha das Moças e dos Melões – na primeira década do século XX para dar lugar ao Novo Porto do Rio de Janeiro.