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Rosário, Rua do

Publicado: Domingo, 14 de Novembro de 2021, 01h47 | Última atualização em Domingo, 14 de Novembro de 2021, 01h47

Uma das ruas mais antigas da cidade do Rio de Janeiro, nascia na praia do Peixe e terminava na antiga rua da Vala, atual Uruguaiana, de frente para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Pretos. Recebeu este nome porque era a rua que ia para a Igreja do Rosário, erguida entre 1701 e 1736 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (fundada em 1640) e foi a primeira a permitir a participação de negros, livres ou escravos, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de se tornar rua do Rosário teve diversas denominações, já que cada quarteirão ou esquina tinha um nome, de Domingos Manuel, do padre Matoso, do Vila Lobos, moradores conhecidos de cada trecho. A igreja que fica na própria rua é a de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte (erguida entre 1735 e 1835), que passou a abrigar a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, de pardos livres, que anteriormente ficava na Sé de São Sebastião no morro do Castelo. Às vésperas da Independência algumas sessões do Senado da Câmara, entre elas a célebre do dia do Fico, aconteceram no consistório da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, na Igreja. No século XIX, o trecho entre as ruas da Quitanda e a Direita tinha muitas casas de negócio importantes, mas a rua era também ocupada por escritórios de advogados, médicos e engenheiros. Na rua do Rosário morou o médico francês José Francisco Xavier Sigaud, em cuja casa se reuniram os primeiros fundadores da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (posteriormente Academia Imperial de Medicina). Estabeleceram-se ali instituições como o hotel inglês Balger (ou Bulcher), um colégio para meninas da Corte: o Pensionat de Jeunes Demoiselles de propriedade de Madame St. Julien, e o periódico literário fundado por Artur Azevedo, A Gazetinha, quase em frente à rua Gonçalves Dias. Em 1902 sofreu um processo de alargamento desde a rua Visconde de Itaboraí até a Igreja do Rosário.

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